Halong Bay: meu primeiro cruzeiro!

Aproveitando que eu estava no Vietnã a trabalho, estiquei a estadia e fui parar em Halong Bay. Antes de chegar ao país, já tinha ouvido falar dessa baía, no Mar do Sul da China. Considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO, é um dos lugares mais bonitos do norte do Vietnã e não muito conhecido desse lado aí do mundo. Fui, então, conferir o achado.

Marcamos um pacote de três dias e duas noites: uma no barco e outra em um dos hotéis de Cat Ba, a única ilha habitada pelo homem no arquipélago. No começo, achei o preço um pouco salgado: 120 dólares por pessoa, a melhor oferta (pelo próprio hotel em que nos hospedamos em Hanói). Mas, depois de ponderar que esse valor incluía todo o transporte, refeições, passeio de caiaque, guia, entrada para as reservas naturais, acomodação etc etc etc, me despreocupei: prefiro isso a me estressar com detalhes durante as férias.

Na quinta de manhã, o guia nos pegou na porta do hotel com o shuttle bus próprio de sua empresa de turismo. A viagem poderia ser mais confortável, mas eu estava no Vietnã: lá todos são baixinhos e finos - logo, as cadeiras, em qualquer lugar, são estreitas e bem próximas (para caber mais gente também, sem dúvida). O ônibus estava lotado e choveu durante todo o percurso.

Quatro horas depois, chegamos ao porto: Halong City. A chuva ainda alternava com um céu não tão nublado, mas também sem sorriso. Todos que estavam no ônibus foram divididos em seus barquinhos: day trips, uma noite, duas noites e três noites. Independente da duração, todos fazem a viagem em embarcações tradicionais chinesas, como aquelas que se vê nos livros de história - hoje movidos a diesel, apesar de as velas continuarem lá para decoração.
 
 A primeira imagem de Halong Bay, ainda com o céu nublado.
 
Nosso barco
 
A conclusão é que quanto mais você pagar para visitar Halong Bay, melhor. Assim você fica livre de passeios que a maioria das agências fazem e pode curtir os dias com mais tranquilidade. Pudemos ver navios imensos e luxuosos pela bagatela de 600 dólares por pessoa. Também vimos navios superlotados de mochileiros sujinhos. À noite, uma embarcação dessas ancorou perto da nossa: havia umas 50-70 pessoas, a 60 dólares cada. Todos bêbados e felizes. Não discuto: eu fiquei bem satisfeita com o meu navio: 8 quartos, com no máximo 14 pessoas. 1 brasileira, 2 australianos e Londres: ingleses atraem seus semelhantes, deve ser o sotaque. =P

A cabine
 
Banheiro limpinho
 
Enquanto almoçávamos, o barco começou a navegar - e nada de o sol aparecer. Já estava me conformando que iria fazer todas as atividades na chuva. Depois da sesta, teríamos a primeira parada: Magical Cave. Lá fui eu para a sonequinha achando que seria só mais uma caverna. Acordei quando o barco ancorou e era isso que me esperava:
 
Vista da cabine
 
 Halong Bay
 
Explorando a caverna, o guia nos contou que Halong Bay é formada por mais de 3 mil ilhotas e sua origem mítica remete a uma família de dragões (sempre eles) que cuspiram as ilhas, criando uma barreira natural contra os invasores e possibilitando o desenvolvimento do Vietnã. Mais tarde, os próprios dragões resolveram fixar moradia ali e Halong é a palavra em vietnamita que significa 'o dragão que desce'. A Magical Cave, por sua vez, foi descoberta por alpinistas franceses no começo do século passado. Assim como as outras ilhas - e bem comum no Sudeste Asiático -, a gruta é de calcário. Muitos budistas dizem ver diferentes imagens esculpidas pela água e pelo tempo nas paredes da caverna; entidades divinas, a maioria. Eu só consegui ver um leão chinês.

A baía vista da entrada da caverna
 
Magical Cave
 
Magical Cave
 
Depois da ginástica entre os labirintos da Magical Cave, era hora do passeio de caiaque! Estava bem empolgada porque foi a minha estréia no remo! rs Modo bonito de dizer, mas eu cansei nos dez primeiros minutos e o Huw acabou colocando mais impulso na coisa! É uma atividade ótima, mas eu realmente estou fora de forma. Remei só quando a corrente estava ao nosso favor, eu confesso!! rs

Durante o pôr-do-sol, mais chuva. Após o jantar, houve sessão de karaokê - e a tripulação do barco, não negando serem asiáticos, arrasou na pontuação. No dia seguinte, exploramos mais de Halong Bay até chegarmos a Cat Ba. Mais da metade de sua extensão foi transformada em uma reserva ecológica. Por conta disso, a pequena população da ilha se acumula toda em uma faixa povoada de hotéis e albergues.

Antes de fazermos check-in no nosso, o guia nos levou para uma trilha na reserva. Foi divertido, mas extenuante: três horas na mata tropical e fechada; a chuva havia parado 20 minutos antes e a lama subia pelas pernas. Em alguns pontos, tivemos de escalar as rochas. Ao fim, há uma torre de observação e lá de cima, a sensação é de vitória.

Alan, um híbrido de homem e macaco que nos guiou de pés descalços e balançando entre um cipó e outro.
 
No ponto de observação. Ainda estava limpinha; a descida foi pior, escorreguei e caí sentada em uma poça de lama - minhas roupas nunca mais serão as mesmas.
 

O que se vê lá de cima
 
No caminho entre o parque e o hotel, tudo que eu queria era dormir. Os ingleses que nos acompanhavam que me animaram a ir para a próxima atração: Monkey Island. De toda a baía, esse é o lugar que você não pode perder de jeito algum. Eles estavam certos.

Quarto do hotel: tá vendo porque eu queria a cama?

 Depois que você deixa o píer, é isso que você encontra!

 Céu perfeito, mar perfeito, água morna e tão densa que você bóia sem esforço: pronto, me recuperei da queda!

 A ilha se chama Monkey Island por uma razão!

Depois de todo esse "estresse", a noite só poderia ser agradável: o jantar foi ótimo e a cama também estava quentinha. No sábado de manhã, saímos da ilha e navegamos de volta ao porto. O guia nos despediu de nós onde nos encontramos pela primeira vez: na porta do hotel.

 Navegando de volta

 Com o tempo aberto, pudemos ver um pouquinho da vida no campo.

Mais uma noite em Hanói e o avião nos traria de volta a Kuala Lumpur: bateu até aquela apreensão dominical típica. O Vietnã foi um dos lugares que mais me encantou até agora, apesar dos problemas que o país tem. Assim como Melaka, parece não haver cuidado e preservação com a baía após a concessão do título da UNESCO. Daqui a alguns anos, o lugar estará infestado de empreendimentos. Não há controle sobre o número de visitantes nem de barcos, tirando aquela aura de exclusividade que se vê nos panfletos. Também não notei nenhuma conscientização ambiental - mas não são esses os problemas que qualquer país subdesenvolvido enfrenta? Primeiro a minha sobrevivência, depois o resto.

Em uma semana, vi um pouco do norte do país em formato de dragão. Ainda faltam as planícies do centro e o sul, antes capitalista. A Ásia nunca pára de me trazer surpresas.

 
:: Em Cingapura, 27/08/2010, 13h03.
:: Esperando a chuva passar para cair no mundo.

:: Flickr

Buzinas, uma aparente desorganização e oásis de tranquilidade: assim é Hanói!

Pois é, José. A festa acabou. O contrato venceu. Muito se fez e muito mais poderia ter sido feito. Mas sem lamentações, porque dei o meu melhor e estou tranquila em relação às minhas ações. Contudo, antes de a quadrilha acabar, ainda restava mais uma viagem a trabalho: Vietnã. Durante o último ano cuidei de todos os procedimentos para abertura do escritório naquele país - nada mais justo que fosse lá e acertasse algumas parcerias in loco. Dessa vez, estendi a viagem e fiquei fora por uma semana! Parece muito, mas com tudo que Hanói tem a oferecer, ainda há motivos para voltar.
 
Campos de arroz ao redor de Hanói, vistos do avião. O país é o 2º produtor mundial do cereal.

Desembarcar em um país de colonização latina sempre provoca em mim uma sensação de pertencimento. É estranho, mas parece que já sei o que vou encontrar por lá. Hanói nos esperava com seus inúmeros parques, lagos, a arquitetura francesa e um ritmo de vida peculiar. Logo descobrimos que o horário de almoço é sagrado - duas horas, para dar tempo de sentar-se à mesa com os amigos ou a família. Depois de degustar a refeição, a sesta é obrigatória: qualquer banco ou sombra é o suficiente para a soneca. O clima da capital também ajuda: norte, centro e sul do Vietnã possuem estações distintas devido à geografia do país. Em Hanói, o clima é tropical, mas seco (o sul se parece mais com o clima da Malásia e também sofre com monções). Por conta das áreas verdes, o calor não aparenta ser tão horrível e sempre há uma brisa fresquinha soprando. Nas montanhas próximas à fronteira com a China, chega a nevar durante o inverno.

Prédios ao redor do Lago Hoam Kiem, no Old Quarter. Durante a ocupação francesa, o imposto sobre propriedade era baseado na largura da fachada - daí, surgiu uma solução única para espaços limitados e impostos altos: construções finas e compridas. Prédios mais recentes continuam seguindo o padrão.

Hanói é dividida em duas áreas, basicamente: Old Quarter, onde a maioria das atrações turísticas se concentram, e o French Quarter, área onde os colonizadores se estabeleciam e que hoje concentra a administração pública, embaixadas e lojas de grife. Sim! De grife! Mont Blanc, BMW, Tissot, Louis Vitton... como a China, o socialismo vietnamita é aplicado à conveniência dos governantes. Propagandas políticas e a figura de Ho Chi Minh são onipresentes, enquanto a elite do país não deixa lojas como a Gucci ficarem vazias.

Locais ao redor do Lago Hoam Kiem, no Old Quarter.

Propaganda socialista ao redor do Lago. 
Fato rápido: até o século XVI, os vietnamitas usavam caracteres chineses para escrever. Aí veio Alexandre de Rhodes, decodificou os traços e desde então, eles usam o alfabeto latino com a marcação dos tons.

Eu e Huw, meu colega de trabalho, nos hospedamos no Old Quarter, uma posição central para as reuniões de negócios e para explorar a ciadade a pé - Hanói é plana, o que facilita muito! O Old Quarter também é ótimo para que vivencie-se uma imersão cultural. O nome de cada rua, em vietnamita, refere-se ao tipo de comércio lá feito: daí tem-se a Rua das Cordas, Rua das Ervas, Rua dos Calçados (sem numeração, escolhe-se por P, M ou G), Rua da Funilaria... e obviamente, Rua das Camisetas! Ir ao Vietnã e não comprar uma camiseta "Good morning, Vietnam" é não despertar o turista coxinha que existe em você! rs Eu comprei umas oito, de diferentes estampas - 30 mil dongs cada, quase 1,5 dólar. Depois fiquei pensando em como essas pessoas sobrevivem com uma renda dessas...

Hoam Kiem e sua ilhazinha são envoltos em mistérios e aparecem nas lendas de fundação de Hanói. O Old Quarter cresceu ao redor dele.

Em 10/10/2010, Hanói faz mil anos. =)

Floreiras do lago

No meio das barraquinhas e diante das lojas estreitas, há o motorista de ciclo, bicicletas, a típica vietnamita com chapéu cônico e suas cestas - e muitas, muitas motos. Buzinas, idem. Houve dias em que voltamos para o hotel com dor de cabeça! No começo, tudo parece muito desorganizado - mas após uns dois dias, você aprende a etiqueta do trânsito. Acidentes ocorrem, claro, mas o tráfego de carros e pedestres flui. Você aprende a ficar alerta até em restaurantes. Seja no meio dos banquinhos na calçada ou nas mesas de parte com ar condicionado, os locais vão guardar a moto dentro do estabelecimento! É quase um drive-thru!

 
A típica vietnamita

 
Uma parte das motos estacionadas em frente ao nosso hotel

Parte do trânsito

Falando em comida, eu poderia dedicar um capítulo inteiro à gastronomia da cidade. Que falta fazem frutas frescas e uma boa carne! Ao contrário da Malásia, onde tudo tem o mesmo gosto, no Vietnã a banana tem gosto de banana, a carne de vaca tem gosto de carne de vaca... os vegetais e folha são sempre fresquinhos e abundantes. Como a maioria da população é budista e não há restrições alimentares, também tem porco!! Bacon, salaminho, presunto... e para completar: padarias francesas! Ah! Baguetes, mistos, bagels, queijo... o paraíso! E pra melhorar o astral, barato! Para vocês que me lêem, pode não parecer grande coisa, mas após um ano comendo noodles e frituras com óleo de palma, qualquer um pede arrego!

Spring rolls frescos! Camarão e carne de porco!

 
 Baguete de bacon com abacate

 O cardápio-jornal da cafeteria

Passando o café. Por lá, a bebida também é diferente e bem mais próxima do que temos no Brasil. 

Deu dó de comer

Os vietnamitas comem de tudo, mesmo: insetos, porquinhos-da-índia, pombos, cachorros... culpa das guerras! Me recusei a procurar tais lugares e tirar essas fotos (e eles estão em qualquer esquina, com um banquinho e uma grelha). A exceção foi o último restaurante no qual jantamos: decoração refinada e uns dois casais de expatriados, resolvemos entrar. Pelo cardápio, descobrimos que serviam rolinhos-primavera de gafanhoto, entre outros pratos exóticos. Pedimos carne de búfalo. Dica: se você algum dia quiser experimentar insetos no espetinho, quebre as perninhas antes de morder o corpo - elas entalam na garganta como espinha de peixe.

Os quatro primeiros dias no Vietnã foram bem espremidos entre reuniões e passeios. Algumas chuvas atrapalharam a andança e não pudemos tirar fotos com tanques de guerra. Bem, tudo é motivo para voltar! Um pouco do feeling da cidade está aqui.

 Mausoléu de Ho Chi Minh

Teatro de fantoches na água, contando a história do Vietnã

Templo de Literatura, a Universidade mais antiga da Ásia. Mais de trinta tartarugas de pedra (animal sagrado para os vietnamitas) carregam as inscrições dos alunos que já passaram por lá, desde o ano 1010.

Os alunos, para sempre lembrados.

E já que eu estava num país socialista... um parque só pra ele!

Catedral de São José, arquitetura francesa.

O exterior mal-cuidado guarda relíquias como essas.


Emblemático, não?

Assim como os cambojanos, os vietnamitas estão sempre sorrindo. O budismo, somado à política socialista, fizeram essa sociedade um pouco mais igualitária. Aqui no Sudeste Asiático, foi o único país em que vi homens e mulheres desempenhando as mesmas funções lado a lado, incluindo trabalhos braçais. Pelo pouco tempo que lá fiquei, também percebi que elas são tratadas com mais respeito que em países vizinhos - e não me senti ameaçada por olhares ou ações machistas.

O acesso à cultura e a esportes também é latente: os discursos de Ho Chi Minh sobre educação física e mental impregnaram-se no cotidiano do país. Os parques, desde cedinho, estão sempre cheios de pessoas cuidando de seu bem-estar (vimos ioga, taichi e até line dancing); os museus também são venerados pelos locais, que cuidam de sua história e a exibem com orgulhos aos estrangeiros. 

Os dias em Hanói foram intensos. A aparente desorganização é marca registrada da cidade. Porém, ao escolhermos um banquinho em uma praça, visitarmos um templo, ou sentarmos para comer, percebemos que aquele lugar se torna um oásis de tranquilidade. A vida passa ao seu redor sem lhe incomodar, seguindo o seu próprio ritmo, encaixando-se perfeitamente ao espírito da capital. As buzinas ecoam longe e parecem estar em um mundo paralelo.

Depois do trabalho, o merecido descanso! De Hanói, tivemos alguns dias de folga e fomos um pouco para o norte do país, descobrir Halong Bay - mas esse tópico fica para o próximo post. Se quiser ver mais fotos e alguns vídeos da cidade, visite o Flickr, há várias surpresinhas por lá.


:: Em KL, 23h02.
:: Ouvindo: Lit.

Um ano de Malásia

20 de agosto de 2009, 18h30, hora local.
Depois de dois dias de viagem, eu desembarcava no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, uma cidade de nome estranho e estruturas megalômanas; um país que promete ser o mais liberal dentre os de religião muçulmana. Era início do Ramadã e chovia; logo eu percebi o poder das monções asiáticas e dos minaretes islâmicos.

20 de agosto de 2010, 21h25, hora local.

Um ano depois, escrevo esse texto admirando o horizonte da janela de meu quarto. A cada dia, uma nova construção começa; as vias mudam de direção; passarelas e viadutos aparecem. As Petronas Towers continuam lá, imponentes e intocáveis. A Torre Kuala Lumpur também. Ao redor delas, a cidade toda muda.

E com a cidade, mudam as pessoas, as vidas e os fatos.

É claro que eu não estava preparada para nada disso. É claro que eu tive dificuldades no começo, no meio e terei até o fim. É claro que houve momentos que tudo que eu queria era manter tudo às favas e ir embora. Mas o estresse, as recaídas, as frustrações e a saudade fazem parte da experiência. E eu faria tudo de novo se pudesse, com um pouco mais de agressividade - se algo que eu aprendi aqui foi lutar pelo que é certo e manter-me em pé diante dos maremotos.

Minha mudança para a Malásia solidificou uma série de acontecimentos que só me fizeram maior, melhor e mais consciente de mim mesma. Sei das minhas qualidades e dos meus defeitos. Alguns deles melhoraram - outros continuam aqui, pois fazem parte de quem eu sou e da minha identidade. Retire-os e serei tudo, menos eu.

A Ásia não é para os fracos. Meu maior suporte veio da minha família e dos meus amigos - vocês ficaram pra trás mas sempre fizeram-se presentes: em ligações-surpresa no meio da madrugada, em presentes que chegaram pelo correio e principalmente pelas fotos e webcam diárias.

Aos amigos que fiz aqui, vocês sabem os problemas e as conquistas pelas quais passamos. A nossa história é semelhante e nosso exército é pequeno, mas o apoio de cada um foi essencial para que todos continuássemos nossos planos.

Um ano depois, tenho certeza daquilo que, por algum motivo bobo, nunca quis assumir: eu posso fazer o que eu quiser. Posso ser quem eu quiser. E nada, a não ser eu mesma, me impedirá disso.

E essa sou eu um ano depois: mais do que nunca, certa do que eu quero - e mais bonita também! : )


: : Em KL, 22h56.
: : Ouvindo: Placebo.

E o país continua ali, depois do mar...

Pulau Mabul é uma das ilhas de Sabah, território também insular da Malásia (lá onde o país é chamado de Bornéu e encontra a Indonésia e Brunei). Uma mini-Maldivas no Mar de Celebes!

Malásia - pela primeira vez neste blog, em sua totalidade! =P

Para chegar lá, voa-se até Tawau, de onde vai-se à Semporna de táxi. De lá, um barco leva 45 minutos para chegar à ilha, de que tão pequena, também exige só 40 minutos para explorá-la a pé. Mabul é ponto de passagem e acomodação para quem visita Sipadan e outras ilhotas ao redor - todas consideradas uns dos melhores lugares do mundo para mergulho. Até Cousteau passou por lá e encantou-se com a vida marinha.

Eu e mais dois amigos estendemos o fim de semana para explorar esse pedacinho da Malásia. Foi pouco, viu. Quero voltar para fazer um curso de mergulho e ser ninada pela maré, balançando as palafitas enquanto durmo na ilha.

Nosso albergue - Uncle Chang's, organizado pelo próprio. Um local que resolveu cuidar da ilha, preservá-la e ajudar a comunidade local, empregando-os em seu negócio (Foto: Huw Hunt)

Acordar com o mar à sua porta e curtir preguiça na rede... (Foto: Huw Hunt)

Nossos vizinhos! Como a ilha não cresce, aumentam-se as palafitas...

Comunidade local. Por conta da proximidade com as Filipinas, Sabah recebe muitos refugiados daquele país - que são totalmente ignorados pelo governo de cá. Pelo jeito, sobrevivem melhor do que se continuassem em sua terra-natal (Foto: Veera Pitkänen)

Do outro lado da ilha, existe o hotel mais caro da região: cobra-se em dólares e está lotado pelos próximos dois meses.

A antiga plataforma de petróleo, hoje, é um hotel!

Mergulhadores e snorkellers no mar aberto. Ao fundo, Pulau Mabul. (Foto: Veera Pitkänen)

 Não há como se cansar disso, mesmo! Pôr-do-sol em Mabul, visto do deck.

E na hora do adeus, todo mundo vem desejar boa viagem!

Bornéu oferece praias, montanhas (o pico mais alto do Sudeste Asiático fica em Kota Kinabalu) e florestas - vale a pena perder-se por ali. A vida tem seu próprio ritmo na Malásia Oriental e respeitá-lo só deixa a experiência mais interessante.

Mais fotos no Flickr.


: : Em KL, 15h09.
: : Ouvindo: Evanescence.