Epílogo

E como tudo na vida passa, a Malásia também passará.

Nos últimos meses, estive afastada daquela rotina que se estabeleceu meio sem a minha vontade, mais por negligência, até. Tive férias longas longe do trabalho, da internet, do celular (ok, do Twitter nem tanto) acompanhadas da família e das pessoas que me fazem feliz - tudo muito ótimo para limpar a mente e aquecer o coração, enquanto se espera.

Projetos e respostas pendentes tornaram-se concretos. No meio da correria e do estresse que foi o último ano, houve também (re)descobertas, confissões, vontades de última hora e sempre - sempre - muita força de vontade.

O fim da minha temporada malasiana será daqui a exatos dois meses, o tempo necessário para a corrida de papéis de Imigração e alguns acertos contratuais. Apesar de tudo que ainda há para fazer, visitar e sentir no Oriente, acredito também que chances não faltarão, num futuro nem tão distante. Uma parte de mim sempre estará por aqui e pretendo não me desfazer dessa ligação.

O tempo de explorar mais um presente e o Presente chegou; de retomar velhos hábitos; de fazer o que me dá prazer acompanhada de quem me traz paz de espírito e quer me ver muito bem. Não será o fim do blog, apenas uma pausa: muitas novas histórias aguardam para serem vividas e compartilhadas. O porvir é desejado, mas agora aprendi a não esperar por ele como se somente isso me restasse. Ele tem vontades próprias e só se manifesta para aqueles que contemplam a caminhada, além do destino.

Esse epílogo tornou-se o prólogo de uma nova conquista que levou três anos para ser merecida. Tudo na vida passa para dar lugar ao novo - e que ele venha, sempre.


: : Em KL, 00h08, já de sexta-feira.