Feliz Natal!!!

Esse blog não foi interrompido. Ele só tirou férias, pois assim como a autora, precisávamos. 

Nesses últimos dois meses, já mudei de planos várias vezes - e depois de uma temporada no Brasil, já decidi o que fazer no próximo ano - ou não. =P

A maior lição que a vida nos pode dar é que ela é incontrolável; deixe-se levar de vez em quando ao invés de decidir tudo. Apesar do pragmatismo, sempre tentei aproveitar o melhor dos mundos e enxergar oportunidades onde elas parecem inexistentes. Até agora, tem dado certo.

E de certo, para o novo ano, só a ponte aérea Brasil - Malásia. As paradas intermediárias, as mudanças de rota e todas as emoções que essa viagem traz ainda estão a serem escritas.

Um Natal abençoado e um 2011 de lutas e conquistas a todos. Linus e eu agradecemos!


Até ano que vem!!


: : Srta D., de férias e em casa.

10 dias na Tailândia: Phuket e Bangkok

Continuando minha viagem pela Terra da Liberdade, agora falo da etapa não tão boa da jornada. Após Phi Phi, passamos duas noites em Phuket e mais três em Bangkok, a capital. A primeira cidade é a mais famosa ilha do sul do país, principalmente para o turismo sexual. Qualquer europeu sabe onde fica Phuket e sempre falará muito bem de lá. Aham. ¬¬'

Ficamos em Patong, uma praia de areia marrom e mar violento - mas onde está toda a 'ação'. O melhor de Phuket é que é possível alugar motos por R$10 a diária e rodar a ilha toda. As praias mais afastadas (leia-se, a 20 minutos de distância) têm águas mornas, calmas e azuis como Phi Phi.

Bangla Road e um de seus bares-boates
 
 Auto-explicativo
 
Auto-explicativo (de novo!)
 
Uma foto bonitinha pra contrabalancear
 
Em Phuket, os esquemas e os aliciadores começam a dar as caras. Sempre há um cara que aparece do nada querendo te vender um tour, arrumar um tuk-tuk de confiança ou achar a garota ou garoto perfeitos. Tudo isso incomoda muito, mas quando chegamos em Bangkok, começamos a agradecer pelos aliciadores do sul serem mais amigáveis.

Tuk-tuk tailandês: fique longe de todos eles!!
 
Bangkok é suja, desorganizada e poluída. De acordo com o Rajibul, "é como Dhaka [capital de Bangladesh], mas com menos gente". Mesmo assim, o melhor conselho que posso dar a todos que pretendem visitá-la é: organize tudo antes, escolha um hotel perto do metrô ou de um píer - Bangkok é a Veneza da Ásia, dizem por aí - e reserve um tour direto do hotel. Pode parecer caro, mas é a melhor opção pra evitar dores de cabeça, discussões incabíveis e um assalto velado. Afinal, a Tailândia toda é muito barata, não vale a pena economizar nisso.

O melhor de Bangkok, para mim, realmente foi estar em Khao San Road - a meca dos mochileiros na Ásia. Antes, uma rua só com albergues minúsculos e sujinhos, hoje possui várias faixas de alojamento, para todos os bolsos. Vários bares, boates, lojas e tudo - TUDO - que alguém precisa comprar, ter e alugar na Tailândia. Matei a saudades dos bares com mesinhas na calçada e comida barata, além de fazer umas compras: basicamente, camisetas regata e saias, coisas que não existem do meu tamanho na Malásia - ou não existem, no sentido estrito da coisa.

Soi Rambutri, Khao San area (Foto: Rajibul Hasan)
 
Na Tailândia, tudo é falsificado: até diploma de Cambridge, credencial de imprensa e brevê de piloto (Foto: Rajibul Hasan)
 
 E para deixar bem claro que tudo pode, falsificação à luz do dia.

E isso foi o que visitamos em Bangkok:

Wat Phra Kaew (The Temple of The Emerald Buddha)
 
Wat Phra Kaew (The Temple of The Emerald Buddha)
 
Wat Phra Kaew (The Temple of The Emerald Buddha): pinturas ao redor do templo contam as histórias do Budismo
 
Wat Phra Kaew (The Temple of The Emerald Buddha): detalhe do linguarudo. É bom notar que a maioria dos pontos turísticos tailandeses, inclusive os que recebem alto número de turistas, não possuem orientações ou legendas em inglês - tudo para que você contrate um guia e gaste mais um pouco.


The Grand Palace
 
Floating Market: Bangkok possui uma rede de canais imensa e aos fins de semana, a feira é na água.
 
Floating Market
 
Wat Arun (Temple of Dawn)
 
Wat Arun (Temple of Dawn)
 
 Wat Arun (Temple of Dawn). Foto: Rajibul Hasan

Já estou cansada de ver construções parecidas e templos budistas. O mercado flutuante, que antes eu só conhecia nos filmes, e Wat Arun foram de longe os que mais me emocionaram. De resto, Bangkok só é interessante para quem faz turismo de compras. Passeios de elefantes e cachoeiras estão ao redor da capital e não tivemos tempo de viajar para fora dela.

Ao fim de dez dias na Tailândia, ainda precisamos enfrentar o trânsito caótico da cidade e quase chegamos atrasados ao aeroporto. A conclusão é que, mesmo com todos os perrengues e com a chuva, eu quero voltar - e fazer tudo aquilo que não pude, além de repetir os mergulhos e os pulos na praia. Para as praias tailandesas, eu volto a qualquer momento - de preferência, com uma companhia à altura. Para Bangkok, só sairia de Khao San para visitar os lugares históricos ao redor da cidade.


:: Em KL, 23h49.
:: Ouvindo: Linkin Park
:: Flickr

10 dias de Tailândia: Krabi e Phi Phi

Ao voltar de Singapura e na correria das mudanças que sempre nos pegam de surpresa, estava ansiosa pela viagem mais longa do último ano: Tailândia! ***sorrisos largos*** Algumas praias e a capital seriam exploradas em 10 dias, com a companhia de outros dois colegas de trabalho. Aproveitamos que ainda é estação chuvosa naquele país e pagamos baratinho em hotéis e passagens aéreas. Sendo o clima tropical como o da Malásia, a chuva vem no fim do dia, por trinta minutos, e depois desaparece deixando só o calor.

Começamos pelo sul; Krabi foi onde passamos a primeira noite. Escolhemos Ao Nang, a praia mais procurada pelos turistas europeus. Me recomendaram ficar ali porque foi o lugar reconstruído com mais infra-estrutura depois do tsunami de 2004 - mas sempre é bom lembrar que estamos na Ásia e os padrões são diferentes. Há sim estrutura, mas não há cuidado com saneamento e descarte do lixo.

Nesse dia, não fizemos muito. O céu nublado e a brisa fresca nos ajudaram a entrar no clima de preguiça da viagem. Como havia chovido muito na noite anterior, o mar estava bravo e as bandeirinhas vermelhas na areia não nos animaram. Em Ao Nang, esta não é branca e a água também não é muito clara. Com o entardecer, era hora de experimentar frutos do mar e relaxar com uma massagem tailandesa (a tradicional!!!). Por 250 Bath (R$ 12,50) tive uma hora da melhor e mais completa massagem que já experimentei! Começo a achar que essa vida asiática tem sim um monte de vantagens... rs

Ao Nang, Krabi

A cada 50m, uma placa nesse estilo

Mar agitado e pensamento longe
 
A recepção hoteleira mais fofa dos últimos tempos! : )

 E quem liga pra chuva com uma piscina dessas?! Repare que cada chalé tem seu próprio acesso à água.

No dia seguinte, partimos rumo à Phi Phi (leia Pee Pee), o arquipélago-paraíso na Terra. O acesso é somente por barco e o nosso tíquete incluía também o traslado do hotel ao píer. Ko Phi Phi ('Ko' significa 'ilha' em tailandês).

Passeando de barquinho
 
Copiando Halong Bay

Entre Krabi e Phuket, no Mar de Andaman, existe esse parque de seis ilhazinhas quase que intocadas, à exceção da maior delas, Ko Phi Phi Don - antes uma vila de pescadores, hoje explorada pelo turismo. Ko Phi Phi Leh e sua Maya Beach foram locações do filme 'A Praia' e a maioria dos turistas dirigem-se ao sul da Tailândia por conta só desse pedacinho. Ali, não é possível pernoitar e as autoridades tentam ao máximo evitar qualquer tipo de desenvolvimento para preservá-lo. As demais ilhas são basicamente formações rochosas de calcário que emergem do mar - assim como Halong Bay, no Vietnã.

Em três noites, andamos por toda Ko Phi Phi Don e fizemos snorkelling ao redor do arquipélago. Nem chuva ou tsunami tiram a beleza daquele lugar.

Ton Sai Bay
 
Loh Dalum Bay, em uma tarde de maré baixa
 
Velejando por Ko Phi Phi Leh
 
Maya Beach - The Beach!
 
Snorkelling em Long Beach, Ko Phi Phi Don

Peixinhos felizes

Pôr-do-sol em Ton Sai Bay

Phi Phi foi mais afetada que Krabi durante o tsunami. Em Ko Phi Phi Don, as duas partes da ilha são ligadas por um istmo, fazendo surgir duas baías. Neste espacinho, a menos de 2 metros do nível do mar, é onde se concentra toda a população da ilha - e a parte turística também. Em 2004, o mar das duas baías recuou, formando duas ondas gigantes que se encontraram no meio da ilha. Em Ton Sai Bay, onde ficamos hospedados, a onda foi de 3 metros de altura. Em Loh Dalum Bay, 6.5 metros. A força da água inundou toda a ilha e arremessou rochas para o alto mar, afetando as vilas flutuantes e quebrando as paredes de calcário. 70% de todas as construções foram destruídas. 6 meses depois, ainda com muito trabalho a ser feito pela reconstrução, 23 mil toneladas de lixo já havia sido recolhidas e 1200 pessoas ainda estavam desaparecidas. O número de baixas ainda é incerto, mas é estimado em 4 mil.

Correndo para as montanhas
 
 O ponto mais alto da ilha. À esquerda, Ton Sai. À direita, Loh Dalum.

É MEU! (Foto: Rajibul Hasan)
 
Paz (Foto: Rajibul Hasan)
 
6 anos depois, ainda com alguns hotéis fechados e construções acontecendo, Krabi, Phi Phi e Phuket desenvolveram um sistema de vigilância preventiva contra tsunamis e desastres naturais. As rotas de evacuação estão bem definidas por todos os lugares e os hotéis disponibilizam mapas das saídas de emergência com o aviso 'Se ouvir uma sirene, não entre em pânico. Corra para o lugar mais alto que encontrar'.

Preocupação dentro do quarto...
 
 ... e nas ruas também. (Foto: Vem)
 
Ainda que Phi Phi seja ponto obrigatório na rota dos mochileiros - Loh Dalum é famosa pelas beach parties diárias onde tudo é regado a muito álcool -, há espaço para casais em lua-de-mel e famílias com crianças. Todos se interagem e respeitam os espaços de cada um.

Auto-explicativo
 
Deixando Phi Phi rumo à Phuket, pensei que poderia ter arranjado mais um dia em Krabi e quase uma semana nadando em Maya Beach. Voltarei, com toda a certeza.

O turismo sexual nessas duas primeiras paradas não saltou aos olhos como em Phuket. Esta é conhecida em todo o mundo pelas facilidades que esbarram nas pessoas a cada esquina. Patong Beach e Bangla Road ficam para o próximo post.

:: Em KL, 02h09, já de terça.
:: Ouvindo: Kings of Leon.

:: Flickr

Este não é um post sobre Singapura

Muitos dos meus textos escrevo à mão, antes de sentar-me na frente do pc - o último foi produzido em Singapura, meu mais novo carimbo no passaporte. Agora que sou uma largada da vida (leia-se desempregada), sobra tempo para viajar. 

Mas este não é um post sobre Singapura - e nem é porque a cidade não possui muitas atrações. Sim, é uma cidade-shopping, mas achei muito dinâmica! Artística e cultural também: vários museus, exposições... sempre há algo acontecendo, de graça ou a preços acessíveis. E, se você mora lá, com certeza tem dinheiro o bastante para sair da ilha quando quiser - para descansar do mundo onde tudo é limpo e funciona direito.

Este não é um post sobre Singapura, apesar de eu ter ficado lá por três noites. Viajei sozinha e nunca me senti tão segura em toda a minha vida! Pelas manhãs, chovia e eu não pude visitar todos os lugares que tinha em mente. Aproveitei o tempo para conhecer novas caras e ouvir histórias inéditas na área comunal do albergue.

Este não é um post sobre Singapura porque estava lá por não poder estar na Malásia - o visto de trabalho vencera e eu precisava ganhar um novo período legal no país. Este é um post sobre como as mudanças aparecem feito tsunami - e tal como ele, devastam se você não estiver preparado e seguro de quem se é.

Em Singapura e no meio do refluxo, tive dúvidas, fiquei nervosa, quis pedir arrego - mas não havia ninguém, a não ser eu mesma, para me ajudar. E isso bastou.

Este não é um post sobre Singapura porque ainda espero a maré baixar e descobrir o que o mar me trouxe. Sinto que Singapura ainda me verá de novo - e eu anseio por isso.

Entre uma reflexão e outra, algumas fotos:

Casa de chá no Asian Civilizations Museum

Clarke Quay (Distrito Financeiro) durante o anoitecer

Mostra sobre a exposição midiática nos Esplanade Threatres

Merlion, o leão-sereio símbolo de Singapura. O nome da cidade-estado data do século XIII, quando o barco de um príncipe de Sumatra naufragou perto da ilha. Buscando refúgio em terra firme, o nobre avistou um animal que pensava ser um leão e batizou o lugar baseado nisso (Singa = Leão e Pura = cidade, templo). Acontece que não lá leões no Sudeste Asiático; é mais provável que o príncipe indonésio avistara um tigre.

Marina Bay Sands, a megalomania em concreto e navio: teatros, cinemas, centro de convenções e um cassino. No topo, palmeiras e piscina, para curtir observando o horizonte - a Malásia, inclusive.

Pôr-do-sol no Rio Singapura

:: Em KL, 20h41.
:: Ouvindo: Djavan.

Halong Bay: meu primeiro cruzeiro!

Aproveitando que eu estava no Vietnã a trabalho, estiquei a estadia e fui parar em Halong Bay. Antes de chegar ao país, já tinha ouvido falar dessa baía, no Mar do Sul da China. Considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO, é um dos lugares mais bonitos do norte do Vietnã e não muito conhecido desse lado aí do mundo. Fui, então, conferir o achado.

Marcamos um pacote de três dias e duas noites: uma no barco e outra em um dos hotéis de Cat Ba, a única ilha habitada pelo homem no arquipélago. No começo, achei o preço um pouco salgado: 120 dólares por pessoa, a melhor oferta (pelo próprio hotel em que nos hospedamos em Hanói). Mas, depois de ponderar que esse valor incluía todo o transporte, refeições, passeio de caiaque, guia, entrada para as reservas naturais, acomodação etc etc etc, me despreocupei: prefiro isso a me estressar com detalhes durante as férias.

Na quinta de manhã, o guia nos pegou na porta do hotel com o shuttle bus próprio de sua empresa de turismo. A viagem poderia ser mais confortável, mas eu estava no Vietnã: lá todos são baixinhos e finos - logo, as cadeiras, em qualquer lugar, são estreitas e bem próximas (para caber mais gente também, sem dúvida). O ônibus estava lotado e choveu durante todo o percurso.

Quatro horas depois, chegamos ao porto: Halong City. A chuva ainda alternava com um céu não tão nublado, mas também sem sorriso. Todos que estavam no ônibus foram divididos em seus barquinhos: day trips, uma noite, duas noites e três noites. Independente da duração, todos fazem a viagem em embarcações tradicionais chinesas, como aquelas que se vê nos livros de história - hoje movidos a diesel, apesar de as velas continuarem lá para decoração.
 
 A primeira imagem de Halong Bay, ainda com o céu nublado.
 
Nosso barco
 
A conclusão é que quanto mais você pagar para visitar Halong Bay, melhor. Assim você fica livre de passeios que a maioria das agências fazem e pode curtir os dias com mais tranquilidade. Pudemos ver navios imensos e luxuosos pela bagatela de 600 dólares por pessoa. Também vimos navios superlotados de mochileiros sujinhos. À noite, uma embarcação dessas ancorou perto da nossa: havia umas 50-70 pessoas, a 60 dólares cada. Todos bêbados e felizes. Não discuto: eu fiquei bem satisfeita com o meu navio: 8 quartos, com no máximo 14 pessoas. 1 brasileira, 2 australianos e Londres: ingleses atraem seus semelhantes, deve ser o sotaque. =P

A cabine
 
Banheiro limpinho
 
Enquanto almoçávamos, o barco começou a navegar - e nada de o sol aparecer. Já estava me conformando que iria fazer todas as atividades na chuva. Depois da sesta, teríamos a primeira parada: Magical Cave. Lá fui eu para a sonequinha achando que seria só mais uma caverna. Acordei quando o barco ancorou e era isso que me esperava:
 
Vista da cabine
 
 Halong Bay
 
Explorando a caverna, o guia nos contou que Halong Bay é formada por mais de 3 mil ilhotas e sua origem mítica remete a uma família de dragões (sempre eles) que cuspiram as ilhas, criando uma barreira natural contra os invasores e possibilitando o desenvolvimento do Vietnã. Mais tarde, os próprios dragões resolveram fixar moradia ali e Halong é a palavra em vietnamita que significa 'o dragão que desce'. A Magical Cave, por sua vez, foi descoberta por alpinistas franceses no começo do século passado. Assim como as outras ilhas - e bem comum no Sudeste Asiático -, a gruta é de calcário. Muitos budistas dizem ver diferentes imagens esculpidas pela água e pelo tempo nas paredes da caverna; entidades divinas, a maioria. Eu só consegui ver um leão chinês.

A baía vista da entrada da caverna
 
Magical Cave
 
Magical Cave
 
Depois da ginástica entre os labirintos da Magical Cave, era hora do passeio de caiaque! Estava bem empolgada porque foi a minha estréia no remo! rs Modo bonito de dizer, mas eu cansei nos dez primeiros minutos e o Huw acabou colocando mais impulso na coisa! É uma atividade ótima, mas eu realmente estou fora de forma. Remei só quando a corrente estava ao nosso favor, eu confesso!! rs

Durante o pôr-do-sol, mais chuva. Após o jantar, houve sessão de karaokê - e a tripulação do barco, não negando serem asiáticos, arrasou na pontuação. No dia seguinte, exploramos mais de Halong Bay até chegarmos a Cat Ba. Mais da metade de sua extensão foi transformada em uma reserva ecológica. Por conta disso, a pequena população da ilha se acumula toda em uma faixa povoada de hotéis e albergues.

Antes de fazermos check-in no nosso, o guia nos levou para uma trilha na reserva. Foi divertido, mas extenuante: três horas na mata tropical e fechada; a chuva havia parado 20 minutos antes e a lama subia pelas pernas. Em alguns pontos, tivemos de escalar as rochas. Ao fim, há uma torre de observação e lá de cima, a sensação é de vitória.

Alan, um híbrido de homem e macaco que nos guiou de pés descalços e balançando entre um cipó e outro.
 
No ponto de observação. Ainda estava limpinha; a descida foi pior, escorreguei e caí sentada em uma poça de lama - minhas roupas nunca mais serão as mesmas.
 

O que se vê lá de cima
 
No caminho entre o parque e o hotel, tudo que eu queria era dormir. Os ingleses que nos acompanhavam que me animaram a ir para a próxima atração: Monkey Island. De toda a baía, esse é o lugar que você não pode perder de jeito algum. Eles estavam certos.

Quarto do hotel: tá vendo porque eu queria a cama?

 Depois que você deixa o píer, é isso que você encontra!

 Céu perfeito, mar perfeito, água morna e tão densa que você bóia sem esforço: pronto, me recuperei da queda!

 A ilha se chama Monkey Island por uma razão!

Depois de todo esse "estresse", a noite só poderia ser agradável: o jantar foi ótimo e a cama também estava quentinha. No sábado de manhã, saímos da ilha e navegamos de volta ao porto. O guia nos despediu de nós onde nos encontramos pela primeira vez: na porta do hotel.

 Navegando de volta

 Com o tempo aberto, pudemos ver um pouquinho da vida no campo.

Mais uma noite em Hanói e o avião nos traria de volta a Kuala Lumpur: bateu até aquela apreensão dominical típica. O Vietnã foi um dos lugares que mais me encantou até agora, apesar dos problemas que o país tem. Assim como Melaka, parece não haver cuidado e preservação com a baía após a concessão do título da UNESCO. Daqui a alguns anos, o lugar estará infestado de empreendimentos. Não há controle sobre o número de visitantes nem de barcos, tirando aquela aura de exclusividade que se vê nos panfletos. Também não notei nenhuma conscientização ambiental - mas não são esses os problemas que qualquer país subdesenvolvido enfrenta? Primeiro a minha sobrevivência, depois o resto.

Em uma semana, vi um pouco do norte do país em formato de dragão. Ainda faltam as planícies do centro e o sul, antes capitalista. A Ásia nunca pára de me trazer surpresas.

 
:: Em Cingapura, 27/08/2010, 13h03.
:: Esperando a chuva passar para cair no mundo.

:: Flickr